O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, antecipou em mais de um mês o pagamento do auxílio-mudança de deputados, que corresponde a um salário parlamentar - R$ 33,7 mil reais. O impacto nas contas da casa é de R$ 17 milhões.
O benefício tradicionalmente é pago no último dia da legislatura, em 31 de janeiro, mas neste ano foi depositado em 28 de dezembro. Dos 513 deputados, 505 receberam o valor, e quatro deles abriram mão: Mara Gabrilli (PSDB-SP) e Major Olímpio (PSL-SP), eleitos senadores, Bohn Gass (PT-RS) e Heitor Schuch (PSB-RS).
A Câmara dos Deputados afirmou, por meio de nota, que os valores foram antecipados pois havia disponibilidade financeira -a Casa teria economizado ao longo de 2018. A Casa disse ainda que em 2019 haverá mais pressão orçamentária, como pagamento de direitos trabalhistas de secretários exonerados, o aumento salarial de servidores que ganham teto constitucional -acarretado pelo reajuste de ministros do STF e da ajuda de custo de novos parlamentares.
"Diante desse cenário, a antecipação do pagamento da ajuda de custo devida aos deputados ao fim do mandato visou à boa gestão orçamentária e financeira, de modo a garantir uma margem de segurança para o cumprimento da emenda constitucional do teto de gastos", finaliza.
O auxílio-mudança foi criado em 2014 e é pago ao início e término de cada legislatura, como forma de custear gastos com mudanças de cidades dos parlamentares.
Além do auxílio antecipado, a Câmara também desembolsou R$ 72 mil de auxílio a suplentes que assumem o cargo entre janeiro e fevereiro, quando não há atividades parlamentares. Os suplentes recebem ainda o valor da cota parlamentar, que varia de R$ 30,7 mil a R$ 45,6 mil dependendo do estado de origem.
Rodrigo Maia está em campanha para reeleição à presidência da Câmara. Entre os apoiadores, Maia já conta com o PSL -segunda maior bancada da Casa, que deve render ao menos 52 votos-, PRB, PSC e PPS. O PT também planejava apoiar a candidatura do atual presidente, mas recuou após o anúncio de aliança com o PSL.
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